letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
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Dez 05
publicado por RAA, às 17:04link do post | comentar | ver comentários (2)
Illmo Snr Fr: Joze Mayne
Dezejo que nesta encontre a VS.ª de todo restabelecido das suas molestias, e que esteja gozando da mais perfeita saude acompanhada de todas as mais felicidades, assim como o meu sincero affecto lhe apeteçem.
Chegou a occaziaõ de poder remeter a VS.ª as coriozidades que me vieraõ da Russia, mandadas pello Primo Joze Severin, as quais vaõ em 3 Caixoens marcados K n.º 7, n.º 8, e n.º 9, carregados no Patacho Paquete do Porto Mestre Francisco Joze Vianna, que está promto a partir dezejando que cheguem bem acondicionadas, pª o que naõ deixei de fazer as devidas recommendaçoens ao dito Mestre p.ª que uzasse de toda a cautela com ellas, e bom será que VS.ª também mande uzar da mesma na descarga nessa, p.ª que os Caixoins naõ levem algum tombo, servindo p.ª governo de VS.ª que no Nº 7 vaõ Pasaros e Annimais Seccos, nº 8 vay a Colluna de Minerais do Monte Caucaze, e nº 9 com os Minerais da Siberia, como tudo milhor constará dos dous Catalogos que incluzos remeto a VS.ª que saõ os mesmos que me vieraõ da Russia, e dis o Primo Jozê que entre os Minerais, vem pedassos rarissimos segundo o parecer dos Proffesores da Estoria Natural que os viraõ e examinarao. E agora o que estimarey he que tudo seja do gosto e agrado de VS.ª, e mereça a sua aprobacaõ.
de toda a nossa Familia queira VS.ª aceitar, hua saudoza recomendacaõ, e pª tudo o que eu prestar, queira tambem comferirme as Suas ordems, que promtam.te executarey como sendo com todo o respeito.
De V. S.ria
Primo mto am.te do C. do Cr.do obrigmo
Porto em 21 de Mayo de 1788
Nicolau Cópque
In Rómulo de Carvalho, Relações entre Portugal e a Rússia no Século XVIII

publicado por RAA, às 17:03link do post | comentar

30
Dez 05
publicado por RAA, às 23:13link do post | comentar | ver comentários (6)
Visconde de Meneses, Retrato da Viscondessa de Meneses
Museu do Chiado

publicado por RAA, às 19:25link do post | comentar
2.º SOLILÓQUIO

Quem saberá o que vale a pena
Se os mortos se amortalham em segredo;
E o que dos astros vem nada diz,
E os vivos ignoram ou escondem,
Para além da curva do céu,
O que nem o tempo nem o amor
Pode sarar.

Ah, se a morte vale a pena,
Nem os mortos o dizem!
E mudos são o pranto e o luto
E a flor que dedos convencionais desfolham
No mausoléu impessoal e réplica d'outros.

E a Morte,
Como primavera de negro, dominando o pomar,
Ano após ano,
Nada responde.

Flora e Fauna
In Ana Hatherly, Caminhos da Moderna Poesia Portuguesa
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publicado por RAA, às 14:28link do post | comentar | ver comentários (4)
Giorgione, Festa Campestre
Museu do Louvre
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29
Dez 05
publicado por RAA, às 22:58link do post | comentar
Oh céus, onde estão os vossos raios que não caem sobre a cabeça deste infame, que pede a uma amante que mate sua mãe, para mais a salvamento gozar os seus escandalosos e torpes desejos! Oh céus! como quereis que um homem vos insulte tão claramente, atrevendo-se a proferir estas palavras: ó filha mata tua mãe!... Meu Deus, eu sou um fraco bichinho na terra, e atrevo-me a interrogar a vossa alta sabedoria! Perdoai-me, meu Deus!
Maria! Não me Mates que Mates que Sou Tua Mãe!

publicado por RAA, às 22:57link do post | comentar | ver comentários (5)



















Era porreiro ter na algibeira uma nota de 100 paus.

publicado por RAA, às 11:29link do post | comentar | ver comentários (4)
Joe Cocker
Woodstock, 1969

28
Dez 05
publicado por RAA, às 22:08link do post | comentar
No Diário de Notícias, VGM no seu melhor.
http://dn.sapo.pt/2005/12/28/opiniao/o_desprestigio_republica.html

publicado por RAA, às 14:58link do post | comentar | ver comentários (2)
As palavras são como as mulheres: há que saber pegar nelas da melhor maneira. O que nem sempre sucede.

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