letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
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Jan 10
publicado por RAA, às 22:29link do post | comentar | ver comentários (5)
Ainda no JL (uf!), Luís Bigotte Chorão, autor de A Crise da República e a Ditadura Militar (Sextante), a Rita Silva Freire: «A historiografia não serve para agradar às direitas ou às esquerdas. Nem para as provocar. Serve para reconstituir a verdade histórica, que não deve servir quaisquer outros objectivos. (...) É necessário ter uma perspectiva, que deverá servir apenas à verdade e ao rigor. Porque a História é uma ciência.»
Como não concordar com quase tudo? Embora eu discorde da História como ciência: há sempre o ponto de vista autoral, e portanto subjectivo. A História é uma narrativa, não é um relatório; e como narrativa que é, há sempre um sujeito que a redige; alguém que por muito sério e rigoroso, não consegue eximir-se à sua subjectividade. A subjectividade que o leva a interessar-se pelos concelhos medievais e não pelo absolutismo ou a revolução liberal em vez da inquisição: há sempre um fascínio ou uma repulsa que impelem o nosso interesse ou, mais importante, o nosso desinteresse.

publicado por RAA, às 21:12link do post | comentar | ver comentários (8)
"Europa ou é investigação científica e criação cultural ou não é Europa", escreve Vitorino Magalhães Godinho em Os Problemas de Portugal -- Mudar de Rumo (Colibri), citado por Guilherme d'Oliveira Martins na recensão ao livro, ainda no JL.
E, portanto, Europa é liberdade e pensamento livre, ou não é Europa.

publicado por RAA, às 21:01link do post | comentar | ver comentários (7)
António-Pedro Vasconcelos, a propósito de «A Bela e o Paparazzo», também no JL e em entrevista a Maria João Martins, diz-se surpreso pela dimensão do fenómeno das revistas alegadamente cor-de-rosa: «Percebi que as vidas das pessoas são muito tristes e desinteressantes, a ponto de as levar a projectar nos outros uma vida excitante que não têm.»
Ontem, passando por duas mulheres: «Diz que a Alexandre Lencastre emagreceu quatro quilos...»

publicado por RAA, às 20:43link do post | comentar | ver comentários (4)
valter hugo mãe em entrevista a Maria Leonor Nunes: «Um livro escreve-se sempre a partir de rupturas ou para chegar a elas. [...] Não tenho paciência para livros que não rompam com nada, que não digam mais do que o rame-rame quotidiano.»
Se se escreve porque sim, e é assim que deve ser, só tem sentido publicar se for para acrescentar, com rupturas ou sem.

publicado por RAA, às 20:36link do post | comentar
Luís de Sousa Rebelo. Eugénio Lisboa e Júlio Moreira evocam Luís de Sousa Rebelo (Lisboa, 1922 -- S. João do Estoril, 2010) no JL de hoje. Dele tenho ideia da solidez e da discreção dum autor de escol, mais dado ao trabalho académico que à diuturnidade crítica, que falava com propriedade de Fernão Lopes como de José Saramago, que quando vinha a(o grande) público, os seus textos eram lidos com a atenção que se dá aos mestres. Dele tenho apenas A Concepção do Poder em Fernão Lopes (Livros Horizonte), de leitura sempre desgraçadamente adiada. Não o sabia militante do PCP, desde 1948.

publicado por RAA, às 19:38link do post | comentar

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