Quando passeio, ao longo dos caminhos,
Batem asas de medo os passarinhos;
Escondem-se os reptis, no tojo em flor.
Meu ser espalha um trágico pavor
Nas pobres criaturas,
Que, neste mundo, vivem às escuras!
Avezinha fugindo ao ruído dos meus passos,
Se o que eu sinto por ti, acaso, pressentisses,
Tu virias fazer o ninho, nos meus braços...
Virias ter comigo, ó pedra, se me ouvisses!
Vida Etérea / Antologia Poética
(edição de Francisco da Cunha Leão e Alexandre O'Neill)