letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
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Dez 05
publicado por RAA, às 20:11link do post | comentar
NOCTURNO

Eram, na rua, passos de mulher.
Era o meu coração que os soletrava.
Era, na jarra, além do malmequer,
espectral o espinho de uma rosa brava...

Era, no copo, além do gin, o gelo;
além do gelo, a roda de limão...
Era a mão de ninguém no meu cabelo.
Era a noite mais quente deste verão.

Era, no gira-discos, o «Martírio
de São Sebastião», de Debussy...
Era, na jarra, de repente, um lírio!
Era a certeza de ficar sem ti.

Era o ladrar dos cães na vizinhança.
Era, na sombra, um choro de criança...

Infinito Pessoal / Antologia Poética

Pensar que comecei por fumar cachimbo e gostava tanto...Hoje, já não sei como se faz...
João Villalobos a 20 de Dezembro de 2005 às 21:29

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