sim, há esses devotos e são, de facto, profundamente irritantes. existem no entanto pessoas que nos ensinam o oposto, aquelas que dá vontade de nos cruzarmos com
Não me refiro, Edgard, a esses crentes sinceros que procuram não entrar em contradição com a sua Igreja na dura condição diária de ser(-se) homem. Vemos, porém, muitos «devotos» ufanos que na esfera política, económica e moral pouco ou nada têm que ver com os valores que dizem perfilhar. E há aqueles sinceríssimos crentes, Maria, que têm o dom de nos elevar quando nos cruzamos com, mesmo quando -- como é o meu caso -- se é um ateu (de extracção católica, é verdade) por pura incapacidade de crença.
Até aí eu compreendi. O difícil é identificar aqueles que NÂO são "crentes-que-estão-a-agradar". Seja pelo discurso, pela orientação ou até mesmo pela boa vontade, "pois deles será o reinos dos céus", como diria o outro.
Mas a questão difícil de responder é: onde não estão estes "crentes"? Onde estarão aqueles que efectivamente crêem que a humilde verdade é: que há muito pouco para crer e um infinito para saber?
Acho que tenho estudado Filosofia demais com o Rodrigo...