letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
30
Abr 05
publicado por RAA, às 21:25link do post | comentar
A voz
grave, quase gutural,
amacia cada riff
dedilhado com nervo,
como se a vida se esvaísse
das cordas daquela fender.

Puro malte irlandês.

21-VI-2003

publicado por RAA, às 21:21link do post | comentar
Rory Gallagher Posted by Hello

29
Abr 05
publicado por RAA, às 18:25link do post | comentar | ver comentários (2)
O CÃO NOVO E A PERDIZ VELHA

O cão fareja a perdiz
e a perdiz pressente o cão.
O cão-de-caça aprendiz
busca a perdiz sábia... Então

a perdiz, devagarinho,
vai onde há caca de vaca,
ali perto do seu ninho.
Lá se esconde... O cão estaca.

Cheira-lhe mal. Pensa, triste,
como não vira a perdiz,
que o seu nariz lhe mentira...

E o cão aprendiz desiste
e o caçador não atira
e a perdiz fica feliz!

O Menino e as Estrelas

28
Abr 05
publicado por RAA, às 12:56link do post | comentar
A febre volta, e demora-se.
Nada podes contra os desígnios da carne mortal.

Febre

publicado por RAA, às 12:55link do post | comentar
José Agostinho Baptista Posted by Hello

27
Abr 05
publicado por RAA, às 16:49link do post | comentar
Deu uma qualidade à BD Disney que há muito lhe faltava. Herdeiro espiritual do magnífico Carl Barks, foi influenciado pelo sortilégio das suas narrativas, aventuras puras. Com Rosa, as personagens ganharam densidade psicológica (a imagem do Tio Patinhas/Scrooge McDuck recolhido junto das campas dos pais, na Escócia natal*, seria impensável antes dele), deixando, contudo, de apresentar aquela frescura ingénua que víamos nas estórias de Barks. A trama, porém, é sempre bem urdida, e com verdeiro enlevo para com os nossos conhecidos cidadãos de Patópolis/Duckburg.
*«Uma carta de casa», Tio Patinhas nº 231, Março de 2005.

publicado por RAA, às 16:36link do post | comentar
Tio Patinhas, por Don Rosa Posted by Hello
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26
Abr 05
publicado por RAA, às 18:24link do post | comentar
Aperto-lhe a mão para lhe incutir confiança, e sinto que essa mão rude é feliz dentro da minha. Os meus dedos mergulharam na sua carne, o seu sangue correu por entre eles: é quanto basta para criar fortes laços entre dois homens.
A Morte de Mercier

25
Abr 05
publicado por RAA, às 12:51link do post | comentar | ver comentários (1)
Nesse dia não fui à escola, houve azáfama de supermercado, passei a tarde a ouvir rádio, encerrei a noite a ver o Spínola na televisão. Tinha quase dez anos. Para trás, recordava-me que havia uma prisão em Caxias, onde estavam uns coitadinhos duns presos que não tinham feito mal a ninguém; e vira, poucos anos antes, da janela da minha sala, uma carga policial, com cães e tudo, sobre uns guedelhudos que iam assistir a uma sessão de «canto livre» no Estoril. A música do 25 de Abril de 1974 será sempre, para mim, o Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades, do José Mário Branco.

24
Abr 05
publicado por RAA, às 16:33link do post | comentar
TODOS OS BEIJOS...

Todos os beijos da volúpia, os beijos
Da boca sempre inquieta por beijar-te;
E os beijos da minh'alma, sem desejos
Que não sejam, de longe, acarinhar-te...

E os beijos que são longos, como harpejos
Em que fala o meu sonho e a minha arte,
E os beijos em que o sangue tem lampejos
De ciúme e de febre a alucinar-te...

E os beijos desta angústia, em que procuro
Prender nas minhas mãos o teu futuro,
Saber o anseio dos teus olhos tristes...

E ainda os beijos novos que eu não dera,
Os beijos que eu não dava à tua espera
--E que são teus, Amor que não existes!...

Ritmo de Exaltação

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