letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
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Jun 05
publicado por RAA, às 19:30link do post | comentar | ver comentários (2)
Era o título da secção de charadas da histórica revista ABC, publicada todas as semanas por Rocha Martins e Carlos Ferrão, nos anos vinte do século passado...

publicado por RAA, às 19:22link do post | comentar
Posted by Hello
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E DE SÚBITO, EIS

E de súbito, eis que aprendo
a grande hegemonia de todas as coisas.
Raparigas cruzavam a Edgware Road inteira
perdendo-se pela Marylebone
com ares de fantasmas
e do meu lugar junto a King's Arms,
tendo por cima o cartaz
anunciando o concerto de Johnny Cash
e na mão a cerveja arrefecida,
eu podia vê-las passar e quase diriam que eram belas,
e contudo mais não eram que o epítome
de toda a geração
e passavam de novo
com livros acabados de comprar
em qualquer antiquário
e com perfumes baratos
ou roupas de cores mortas
ou grandes romances de amor
por dentro das cabeças fantásticas,
fazendo nascer em mim a danada ânsia do poema.
E escrevia então um que começava «e de
súbito eis que aprendo
a grande hegemonia de todas as coisas»
e o poema doía-me
como se milhões de agulhas me florissem no corpo,
já o sol fracamente iluminava a cidade
e Edgware Road ficava deserta,
cruzada apenas por fantasmas
com ares de raparigas
que teriam decerto sido belas
e que não eram agora mais que
o epítome de toda a morte,
e eu ficava a vê-los passar,
perdendo-se para Marylebone ou Harrowby,
repetindo para que a noite me ouvisse
que
de súbito,
eis que aprendo a grande hegemonia de todas as coisas.

O Portão das Colinas do Nada (Poemas da Cidade de Londres)

publicado por RAA, às 00:23link do post | comentar
Quisera poder trazer-vos, não uma exortação beliciosa de patriotismo; não os brados agitadores com que o ambicioso César acordava, ao despontar da aurora, as legiões impacientes nos seus acampamentos da Gália; mas a emoção que pode caber na palavra a mais humilde quando a inspira e ilumina a fé contagiosa: palavra igual à água pura que D. Sebastião bebia por um púcaro de Estremoz no banquete ao Legado do Papa, quando os convivas esvaziavam, ao som das trombetas, as copas de ouro, transbordantes de vinhos da Sicília e de Chipre.
Exortação à Mocidade

publicado por RAA, às 00:19link do post | comentar | ver comentários (1)
É uma cidade da Escócia.

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