Um homem pode vacilar durante semanas e semanas, consciente, subconscientemente, mesmo em sonhos, até que chega um momento em que a única coisa impossível é continuar a vacilar.
À noite, o velho «High-Life» era o tempo magnífico onde Chaplin, como o Deus da Sistina, erguia o braço condenando e perdoando... (Desengonçado o piano acompanhava com notas de Beethoven «O Peregrino», «A quimera»...)
E numa tarde em Paris ajoelhei, em plena rua, diante dum quadro de Pascin...
Nesse tempo eu faltava às aulas.
Gérmen / Obra Poética (edição de Luís Adriano Carlos)