letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
25
Set 05
publicado por RAA, às 14:24link do post | comentar | ver comentários (3)
Posted by Picasa

publicado por RAA, às 14:22link do post | comentar
[Viana do Castelo (?), 1948/1949 (?)]
Meu Caro
Mudei de ideias quanto à tese. Não interessa grandemente à geração de 70 tratar «exclusivamente» do Herculano. E é um erro considerá-lo como o mentor nacional único dos homens de 70. A releitura da parte do Portugal Contemporâneo relativa às tendências ideológicas que acompanham a Regeneração, e depois correspondem à ideologia revolucionária que prepara os acontecimentos de 68 a 70 fez-me ver que há uma intersecção de influências, correntes, temas, ideologias, atrás do Teófilo, Martins, Quental, etc. Ora é essa intersecção que interessa estudar como introdução ao estudo daqueles homens. Por outras palavras o meu estudo deve constelar-se não em torno de um homem mas de certas datas. Metodologicamente isto é muito mais perfeito e mais novo. É de resto aquilo que já ensaiaste nos Realistas e Parnasianos e no Bulhão Pato. Provisoriamente fixei o período 1851-1868, que tem o defeito de excluir obras importantes como a Felicidade pela Agricultura do Castilho.
Como trabalho prévio estou a recolher do Inocêncio a bibliografia do período citado. Depois encontrar-me-ei perante a avalanche do jornalismo da época. O Júlio Dinis reflecte um sector da mentalidade nacional da época: há um grupo de conformistas, burgueses típicos, como o Pinheiro Chagas, o J. César Machado, o Tomaz Ribeiro, o Paganino, que se anicham na Ordem que consideram estabelecida e perfeita quanto o podem ser as coisas deste mundo. Deles é o Júlio Dinis.
Tenciono ir para baixo no dia 9. Convidarei o Atanagilde para jantar comigo, e é possível por isso que não chegue a ir à tua casa. Tu podias aparecer por volta das 8, ou depois do teu jantar. Até às 10 há muito tempo para conversar.
Escreve.
PS -- Porque não jantas connosco? Convido-te.
Correspondência
(edição de Leonor Curado Neves)

publicado por RAA, às 14:21link do post | comentar

24
Set 05
publicado por RAA, às 15:04link do post | comentar | ver comentários (5)
SONETO DE AMOR

Tantos passaram pelo teu caminho
Antes que fosse a hora de eu passar
Que tenho a dor de me não ver sozinho
Na memória fiel do teu olhar.

Nenhum te disse frases de carinho,
Nenhum parou, talvez, para te amar...
E vão perdidos no redemoinho
Da Vida e nunca mais hão-de voltar.

Para ti, nenhum foi o mesmo que eu...
-- Mas porque a tua vista os abrangeu
Mesmo sem alegria, amor ou fé,

Deles alguma cousa em ti existe
-- Alguma cousa que me deixa triste
Porque não posso adivinhar o que é!...

Ansiedade / Vida Vitoriosa

publicado por RAA, às 15:03link do post | comentar
Posted by Picasa Biblioteca Nacional

publicado por RAA, às 15:02link do post | comentar
Desenho de João Abel Manta

23
Set 05
publicado por RAA, às 19:17link do post | comentar | ver comentários (41)
a gentileza é sem dúvida uma qualidade da alma.
A Mulher do Chapéu de Palha

publicado por RAA, às 00:37link do post | comentar | ver comentários (1)
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publicado por RAA, às 00:06link do post | comentar
Como estive a ouvir o The Joshua Tree, lembrei-me da recente polemiqueta em torno da condecoração atribuída pelo PR aos U2. Pobre Sampaio melómano. Ao contrário da surdez notória dos que normalmente são investidos nestas magistraturas, ele distinguiu-se por distinguir grandes figuras da cena musical. Lembro-me, à primeira, do tenor e maestro Placido Domingo e do pianista Alfred Brendel. Suspeito de que o Presidente não será um apreciador por aí além do som destes fabulosos irlandeses, e que terá querido vincar, mais do que a música, a acção global de Bono Vox. Ainda assim: o significado de Portugal ter reconhecido o mérito destes músicos na luta contra as injustiças mundiais é de tal maneira nobre, que as discussões em torno das suas indumentárias só me fizeram sorrir. E, vamos lá admitir, para os U2 uma condecoração portuguesa (ou outra qualquer, concedamos) não passará disso mesmo: um simpático adereço. Só a música importa.
Retocado em 25-IX-2005

21
Set 05
publicado por RAA, às 22:14link do post | comentar | ver comentários (3)
Dejame solo conmigo,
con el intimo enemigo
que malvive de pensión
en mi corazón.

Joaquín Sabina

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