Escasso como a praceta defronte,
como a ilha, como o céu estrangulado
pelo aperto dispneico das vielas.
Café de penumbra e pouca gente
antiga e parecida ao tédio da manhã.
Três funcionários públicos (guarda-
-fiscal um) e dois empregados
comerciais debitando sentenças
em surdina. Um pracista
à míngua de clientes e o lazer
de um poeta de passagem.
Na mesa dos fundos, sob o claro
quadrilátero da janela -- e para nossa
edificação -- um arabista paulatino
traduz do francês um texto urdu.
A Ilha de Próspero / Obra Poética