A propósito da condenação do pseudo-historiador inglês por um tribunal austríaco.
Dum lado, a má consciência da Áustria pelo seu passado nazi e, provavelmente, as
autoridades a quererem mostrar serviço. Do outro, um mistificador que, como escreveu Vasco Pulido Valente n'
O Espectro (http://o-espectro.blogspot.com/), deliberadamente manipulou e/ou omitiu as fontes documentais que consultou. Não estamos, por isso, diante da expressão de uma opinião, mas da deturpação de uma realidade histórica -- deturpação essa que tem feito o seu caminho, como se verifica por algum lixo que anda também pelos blogues. O que de mais repelente tem para mim a aldrabice do negacionismo é que mexe com a dor de muita gente ainda viva que passou por aquele inferno ou o drama também sofrido pelos seus descendentes, igualmente vítimas. (Estou a lembrar-me dessa BD exemplar que é Maus, de Art Spiegelman).
Deve a vigarice ser punida? Deve. Poderá ser contraproducente? Talvez. A pena de prisão é excessiva? Não sei. É, porém, uma saborosa ironia sabê-lo encarcerado na Áustria. Melhor, só uma extradição para Israel...