CARNAVAL
Batalhas de «confetti» e serpentinas,
Por vezes, uma flor, avaramente,
Bisnagas a esguichar constantemente,
No ar, o som de quatro mil buzinas.
Zé-Pereiras, palhaços, ovarinas,
Vénus de saia rota e olhar doente,
Cavalos com guizeiras, muita gente,
Garotos, paspalhões pelas esquinas.
À meia-noite, bailes, serenatas,
Visitas às tabernas volta e meia,
Exibições burlescas, bambochatas,
Pós de goma e tremoços à mancheia,
Vinhos, amor, ciúmes, zaragatas,
De madrugada tudo na cadeia.
Sonetos