OS BARCOS NA ERICEIRA
Depois do mar frio, antes dos moinhos brancos
que se debruçam como árvores no caminho
dos pássaros, eu sonhei viver. Plantei uma romãzeira
entre as pontes a caminho do norte e dos canaviais,
quando as esplanadas do Inverno fixavam
recados e pombos perdidos na praça.
Sonhei portanto viver enquanto o plátano mais
frondoso viver. Depois disso, nada suportará
a passagem dos navios, a tempestade em tardes
de Outubro, se aí não puder morrer entretanto.
As Imagens / Metade da Vida