letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
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Dez 06
publicado por RAA, às 18:04link do post | comentar | ver comentários (3)
A última viagem papal foi um êxito assinalável, não só para o Vaticano como para o mundo islâmico moderado e também para o Estado turco.
A visita, que decorreu num tom de grande cordialidade (a irrelevância dos extremistas islamo-nacionalistas (!) foi notória), revelou a possibilidade de um diálogo assente no mútuo respeito e consideração.
A Santa Sé conseguiu aligeirar a pressão orquestrada por aqueles que no Islão estão interessados na destruição do Ocidente, da laicidade, das sociedades liberais e das influências destas nos territórios que consideram dever estar sob os seus ditames. Neste particular, o exemplo das autoridades religiosas turcas veio mostrar à chamada «rua muçulmana» (não propriamente a rua turca, antes algumas ruelas árabes) que nem tudo passa obrigatoriamente pelos «morras» ao que lá é percepcionado por Ocidente.
O inteligente sinal político que o Papa deu a respeito da adesão da Turquia à UE teve o benefício de atenuar o desastre que é a ausência de uma política de Bruxelas em face dessa adesão que está em cima da mesa, e que não se compadecerá com muito mais manobras dilatórias, sob pena de, perante uma humilhação estúpida, a Turquia voltar as costas à UE, o que seria trágico. Entre os receios alemães (até certo ponto compreensíveis dada a enorme colónia emigrante turca existente no seu território), a abjecção francesa, que tem o caos instalado em casa, e que não quer turcos nem polacos e se pudesse despachava expeditamente os bons dos portugueses no sud-express, e a atitude construtiva de Blair, o gesto de Bento XVI foi de grande agudeza, e com a possibilidade de um mais positivo desenvolvimento futuro desta questão.

publicado por RAA, às 17:54link do post | comentar


publicado por RAA, às 01:25link do post | comentar

LINHA DE FOGO

Digamos o que dissermos
estamos sempre na linha de fogo.
Círculos de fogueiras breves
os poemas que escreveste
e onde não procuras hoje um entendimento,
antes da manhã, um qualquer fim.

Uns acreditam na pena de morte
para os crimes de sangue.
Outros na vida depois desta morte
a que chamam vida.

A poesia? Gangs organizados
dispostos a tudo para chegarem ao nada.
Escolhes o silêncio.
A salvação pelo esquecimento.
Mas já é tarde.
O teu nome consta da lista.
Faças tu o que fizeres.

Carregar, apontar, fogo!
Para alguns a vida é tão fácil.

Pontos Luminosos


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