letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
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Ago 07
publicado por RAA, às 21:07link do post | comentar
POEMA D'AMOR

Não me andais vós a enganar
olhos que tanto me olhais?
Quase que morro ao pensar
se é meu vosso doce olhar
ou se comigo brincais.

Abandonei meus cuidados
ao ver-vos, Senhora minha;
julguei de todo passados
os dias amargurados,
duma tristeza daninha...
...Que não podia cuidar
que os olhos com que me olhais,
me pudessem enganar,
ou me pudessem matar
não me olhando nunca mais.

Descuidoso e alegre via
só risos no pensamento;
o meu coração vivia
sem sombra de dor sombria,
sem sombra de sofrimento.
Vivia só para amar
vosso olhar com que me olhais,
não me podendo lembrar
que se podiam tornar
vossos olhos desleais.

Um dia -- porquê bem sei --
imaginei-vos traidora;
meus cuidados retomei,
a minha tristeza achei
por vossa causa, Senhora.
Hoje sofro ao duvidar
-- olhos que tanto me olhais --
se é meu vosso doce olhar
ou se me andais a enganar
ou se comigo brincais.


Algas

publicado por RAA, às 19:44link do post | comentar | ver comentários (2)

01
Ago 07
publicado por RAA, às 19:46link do post | comentar
capa de Bernardo Marques


publicado por RAA, às 19:03link do post | comentar
Em frente da porta de entrada havia uma arca enorme. Sei que nessas arcas arrumam os pobres tudo o que têm: a roupa do corpo, a roupa da cama, o milho para moer, o pão e a faca embrulhados num pano de linho grosseiro. Lembro-me do cheiro que sai da arca ao abrir -- e é um cheiro forte, são, de frutos naturais que a terra dá.


Prefácio a Os Amantes Sem dinheiro

publicado por RAA, às 18:53link do post | comentar

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