Hesitei bastante entre
Power In The Darkness (1978) e
este TRB TWO para falar de Tom Robinson O primeiro é talvez mais expontâneo, embora formalmente menos elaborado. É um rock/new wave viril -- não obstante a circunstância homossexual e de activismo gay, entre outras causas que perfilhou. (A música que dá título ao primeiro constitui, de resto, todo um programa.) A nós
, teenagers de 1979, fazia-nos uma impresão dos diabos sermos confrontados com um tipo que ao mesmo tempo que se
dizia glad to be gay tinha o desplante de nos trazer do rock mais empolgante desse final de década
.TRB TWO apresentou as qualidades de Power In The Drakness, descontando o factor surpresa. Sobre este teve a vantagem da maturidade e de um maior eclectismo: da new wave («Days Of Rage»), ao blues («Crossing Over The Road»), do good ol' rock'n'roll («All Right All Night») ao gospel («Let My People Be»), à balada («Hold Out») e ao tema muito gilberto'sullivaniano («Law & Order»), de tantas tradições na música inglesa e tantas vezes presentes no rock britânico, dos Beatles aos Sex Pistols.
Tom Robinson continuava então empenhadíssimo nas diversas causas de direitos cívicos que o moviam. Depois deste disco, viria uma colaboração com Elton John e o espectro do declínio. Duma outra colaboração, mas de diferente quilate, nasceu um dos melhores momentos deste álbum: «Bully For You», com música de Peter Gabriel e letra de Tom Robinson, fruto duma parceria on the road nos idos de '78.
Já falei da importância de Gabriel na música popular sua contemporânea?