TORPEDEAMENTO
A morte vai na ponta do torpêdo...
Fervilha a branca esteira, no negrume
do mar -- alfange desferindo o gume
em barco sem defesa e sem segredo...
Uma explosão acende a luz do medo,
a nave inteira abala-se, e ao lume
terrífico das chamas do azedume,
reflete-se uma macabro e mau brinquedo...
Em meio dos gemidos angustiados,
em meio ao borbulhar dos afogados,
a morte exerce em frenesí, o domínio...
E além, atrás do negro periscópio,
Satã observa em gôzo, e sorve um ópio
composto da alegria do assassínio!
A Mancha Negra da Guerra