A rapariga na ponte, com saia plissada, uma blusa de cretone e o cabelo apanhado em carrapito. A família já se sentou para jantar, era uma noite de inverno, cúmplice enérgica da cidade -- autocarros vazios
empenhavam-se em regressar, com motoristas agoniados.
Por trás da porta da sala há uma cristaleira com garrafas de licor. Não têm rótulo e ela vai chegar tarde. Também isso pouco importa. Não há lareira que lhe seque a roupa, circula um veneno, um nevoeiro, uma névoa torcida e hoje é o dia dos seus anos.