A ternura infinita dessa melodia infinita Levada até às últimas consequências Demoveria montanhas as montanhas do ódio da ignorância da distância De homem para homem de pai para filho de mulher para homem de corpo para corpo
A linha circularmente bela dessa melodia Levada ao limite extremo da terra da terra amarga Traria a luz pela qual suplicamos todos os dias As flores A doçura grave ao coração dos homens todos das mulheres todas de todas as raças
Essa melodia Explorada até à última caverna de estalactites doiradas Traria Não qualquer utopia Mas os gestos sagrados da vida dos dias Segunda terça quarta quinta sexta sábado Domingo Numa dança sem perguntas Em que nascer morrer amamentar e amar Adormecer enlaçado a outro corpo Fariam parte de um rio sem fim Uma dança sem perguntas