Se eu fosse um mês, seria Junho.
Se eu fosse um dia da semana, «a minha pátria é o sábado» (Fernando Grade).
Se eu fosse um número, seria o 2.
Se eu fosse uma flor, seria um cravo vermelho do 25 de Abril de 1974.
Se eu fosse uma direcção, «eu, comovido a oeste» (Vitorino Nemésio)
Se eu fosse um móvel, seria uma estante com livros ou discos.
Se eu fosse um líquido, seria Carcavelos.
Se eu fosse um pecado, seria a preguiça.
Se eu fosse uma pedra, seria um fóssil.
Se eu fosse um metal, seria Cobre.
Se eu fosse uma árvore, seria um pinheiro bravo.
Se eu fosse uma fruta, seria uma pêra.
Se eu fosse um clima, seria temperado.
Se eu fosse um instrumento musical, seria um violoncelo.
Se eu fosse um elemento, seria terra.
Se eu fosse uma cor, seria azul.
Se eu fosse um animal, seria um golfinho.
Se eu fosse um som, seria um pigarro.
Se eu fosse uma canção, neste momento seria «Abandono» (Amália, David Mourão-Ferreira, Alain Oulman).
Se eu fosse um perfume, seria o Insensatez.
Se eu fosse um sentimento, seria um alheamento.
Se eu fosse comida, seria um bife do lombo com batatas fritas.
Se eu fosse uma palavra, seria uma uma interjeição, entre o ah! e o ah! ah! ah!
Se eu fosse um verbo, seria estar.
Se eu fosse um objecto, seria um MG clássico.
Se eu fosse uma peça de roupa, seria um cachecol.
Se eu fosse uma parte do corpo, seria uma trompa de eustáquio.
Se eu fosse uma expressão, ça serait un calvados...
Se eu fosse um desenho animado, seria o Pato Donald.
Se eu fosse um filme, neste momento seria o Fanny e Alexandre, do Ingmar Bergman.
Se eu fosse uma forma, seria rotunda.
Se eu fosse uma estação, seria o Outono.
Se eu fosse uma frase, neste momento seria «Nenhum de nós é um só homem» (Ferreira de Castro).