Sentam-se no largo dos montes, à sombra dos chaparros, ou junto das raízes duras dos choupos que vivem ao pé dos ribeiros avaros de água e aí esperam a audácia de um acontecimento qualquer que os salve da miséria da fome e lhes dê a fortuna da vida. Anseiam sorver o ar às guinadas, numa alucinaçaõa de pré-asfixiados, mas o ar está escondido, adivinha-se embaciado, prisioneiro dos cinco pontos cardeais, porque é o suão que passa, assustando as aldeias, bélico, o vento do deserto, envenenado e impuro.
Suão