É impossível, e indesejável, avançar sem a Irlanda, apesar das advertências de Napolitano. Como não parece que a Irlanda queira abandonar a União, para já só vejo duas possibilidades de contornar o problema: a mais simples, que passa a breve prazo por um novo referendo, com outro resultado. A segunda, que significaria uma refundação da UE -- e terá de ser forçosamente liderada pela Alemanha, França e Itália --, implicará um referendo generalizado, em que cada estado deverá assumir a sua responsabilidade. É arriscado, mas talvez mais desejável do que o prolongar da situação existente, que conduzirá à agonia da União.
Esta coluna de sílabas mais firmes, esta chama no vértice das dunas fulgurando apenas um momento, este equilíbrio tão perto da beleza, este poema anterior ao vento.