Mesmo na sua decadência, era ainda a borracha que movia tudo aquilo, os navios de diferentes portes e os rebocadores de agudos silvos; os guindastes de compridos braços e as vagonetas sobre carris brunidos ao longo dos cais, com um vaivém constante dos estivadores entre a beira da água e a fila dos «galpões», vastos armazéns; e à borracha começava também Alberto a sentir-se incorporado, com uma sensação de fábula, agitado de curiosidade e de temor.
A Selvafoto: Castro com Roberto Nobre, esplanada da «Veneza», Lisboa, década de 1930