A leitura que fiz, na adolescência, de O Arquipélago de Gulag, de Alexander Soljenítsin, ontem falecido -- um livro espantoso, também sobre o absurdo; uma espécie de Animal Farm com personagens reais, entre outras coisas --, vacinou-me contra qualquer possibilidade de contágio de fascínio, adesão ou apelo pelos sistemas totalitários de esquerda que eventualmente pudesse vir a sofrer.