letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
29
Nov 08
publicado por RAA, às 00:10link do post | comentar | ver comentários (2)
esta semana, n'O Vale do Riff

28
Nov 08
publicado por RAA, às 19:23link do post | comentar | ver comentários (2)
35 Rhums, de Claire Denis (França). Uma história de pai e filha que vivem juntos e cuidam um do outro. Por muito que se queiram, a vivência está condenada. É da ordem natural das coisas as crias deixarem o ninho. Realização muito segura.
Pitoresco: as delícias da dupla legendagem: a certa altura, num contexto trágico, o protagonista exclama «Putain!». Na dupla fieira de legendas em baixo: a italiana: «Madonna!»; a inglesa: «Fuck!»


Rachel, Rachel, de Paul Newman (1968). O único filme que vi do ciclo que lhe foi dedicado, enquanto realizador -- e do melhor que me foi dado ver em todo o festival. Rachel, professora primária, filha de um cangalheiro, entretanto falecido, é uma daquelas raparigas que vai ficando para amparo de mãe. O papel de filha vai-se diluindo com o de ama (para não dizer criada), com o seus deveres, horários e exigências. Ao mesmo tempo, a vida de Rachel vai-se escoando, sem outras recordações senão as reminiscências mortuárias da actividade paterna. Joanne Woodward, no papel de Rachel, está jubilosa, filmada com uma intensidade e penetração a que não será alheio a circunstância de a actriz e o realizador serem marido e mulher.





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27
Nov 08
publicado por RAA, às 23:07link do post | comentar | ver comentários (2)
Pranzo di Ferragosto, de Gianni Di Gregorio. Na véspera do feriado do 15 de Agosto, Gianni, que vive com a sua velha mãe, vê-se a braços com mais três anciãs: a mãe e a tia do administrador do condomínio, que se oferece para pagar-lhe as contibuições em atraso, livrando-o de uma acção em tribunal, em troca de aquele acolher as velhinhas durante o feriado; e a mãe do seu médico, que lhe pede o especial favor. Todos querem desopilar, sem levar as velhotas atrás... É uma comédia ternurenta, muito bem apanhada pelo realizador -- que também desempenha o papel principal --, tendo escolhido para contracenar senhoras que nunca haviam representado. O resultado é surpreendente. Não menos surpreendente foi ver, repetidamente, o D'Artagnan traduzido por Dartacão, numa cena em que Gianni lia à mãe uma passagem d'Os Três Mosqueteiros.



Redbelt, de David Mamet (fora de competição). Mike é um mestre de jiu-jitsu que pauta a sua vida pelos códigos éticos que a disciplina lhe incutiu. Uma situação fortuita acabará por arrastá-lo para um meio em que impera a venalidade e a desonra. Não se deixar sujar, apesar de todas as adversidades, é o seu desafio fundamental. Um belo filme.

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26
Nov 08
publicado por RAA, às 23:21link do post | comentar
Dia fracote, para mim.
Tatil Kitabi (o livro de exercícios para as férias grandes), do turco Seyfi Teoman. Não se trata da Turquia turística, nem da glamorosa ou sequer da pitoresca, mas duma Turquia demasiado vulgar e cinzenta, de todos os dias. Foi essa vulgaridade da vida de todos os dias que o realizador quis filmar. Esta é a maior qualidade deste «Livro de Verão», mas nela está também a sua fragilidade. O comerciante ganancioso, a mulher doméstica, o filho mais velho em crise, o mais novo deambulando em férias num mundo que não está à sua medida. Disso se recente o filme, real quotidiano que se torna desesperante na sua quase impassibilidade.
Bem ao contrário, Shultes, outra produção russa do também georgiano Bakur Bakuradze. Um caso visto de amnésia na sequência de um acidente que torna alguém "normal" -- neste caso, um atleta -- num carteirista que deambula como um fantasma, tentando reconstruir-se. O protagonista é gélido, e o filme também.

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25
Nov 08
publicado por RAA, às 23:35link do post | comentar | ver comentários (2)
4 Copas, de Miguel Mozos. O pai, a filha, a madrasta, o amante de ambas. Nada de muito relevante. Boas interpretações de Rita Martins, João Lagarto e, em especial, Margarida Marinho.
Dikoe Pole («Wild Field», na tradução inglesa). Produção russa realizada pelo georgeano Mikhail Kalatozishvili. Filmado no Cazaquistão, a 80 quilómetros da fronteira com a China. Um jovem médico exerce na estepe, sem um mínimo de condições para a prática da sua profissão. Os pacientes são cazaques camponeses, criadores de cavalos. Uma dose muito afinada de humor, dramatismo e inverosimilhança. Fotografia deslumbrante. Grande ovação da sala, prenunciando o Grande Prémio do EFF, que viria a receber. Diálogo vivo do público com o realizador e o jovem actor principal (na foto) Oleg Dolin. Prémio merecido.

publicado por RAA, às 22:45link do post | comentar

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