Retrospectiva de Bertolucci. Cinema, sexo e revolução. Lamento não ter podido rever La Luna (1979) e a espantosa Jill Clayburgh, filme gamado, juntamente com O Último Imperador (1987), há cerca de 18 anos, quando me assaltaram a casa. Também não me importaria de ter revisto The Dreamers (2003), ou o épico Novecento (1976). Fiquei-me por dois, logo neste primerio dia. Tive azar com o Partner (1968), história dum intelectual com a personalidade desdobrada em homem de acção. Demasiado datado, provocador há 40 anos, vê-se hoje com enfado.
Ao contrário de O Último Tango em Paris (1972), que se aguenta muito bem. Não propriamente pela transgressão, mas pelo que de permanente regista de encontros e desencontros. Marlon Brando está soberbo, e a música de Gato Barbieri fica-lhe colada. Vi-o, curiosamente, na mesma sala, muito anos depois.