letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
25
Jun 09
publicado por RAA, às 23:20link do post | comentar
Já me desenganou quem me enganava. // Mais foi perda sua que meu dano
Frei Agostinho da Cruz

publicado por RAA, às 23:12link do post | comentar

publicado por RAA, às 01:30link do post | comentar | ver comentários (2)
Eu vi as imagens da morte de Neda Agha-Soltan, a chispa de incredulidade nos seus olhos, o desespero dos impotentes que a circundavam.
Quis importar o filme do YouTube, mas, por inabilidade, não o consegui.
Neda Agha-Soltan -- que nome fantástico para uma mulher comum, transformada, sem o saber, em bandeira da liberdade.


publicado por RAA, às 00:59link do post | comentar
QUIPROQUÓ

Há uma torneira sempre a dar horas
há um relógio a pingar nos lavabos
há um candelabro que morde na isca
há um descalabro de peixe no tecto

Há um boticário pronto para a guerra
há um soldado vendendo remédios
há um veneno (tão mau) que não mata
há um antídoto para o suicídio de um poeta
Senhor, Senhor, que digo eu?
Que ando vestido pelo avesso
E furto chapéu e roubo sapatos
E sigo descalço e vou descoberto


in JL, n.º 1010, 17 de Maio de 2009
foto daqui

24
Jun 09
publicado por RAA, às 21:02link do post | comentar

23
Jun 09
publicado por RAA, às 22:10link do post | comentar | ver comentários (4)
Certos autores, ao falarem das suas obras, dizem: «o meu livro, o meu comentário, a minha história, etc.» Sentem-se como burgueses que têm bens ao sol e sempre um «em minha casa» na boca. Fariam melhor se dissessem: «o nosso livro, o nosso comentário, a nossa história, etc.» pois que, em geral, há ali mais dos outros do que deles. Blaise Pascal
Pensamentos (tradução de Américo de Carvalho)

publicado por RAA, às 19:22link do post | comentar

22
Jun 09
publicado por RAA, às 23:08link do post | comentar | ver comentários (2)

publicado por RAA, às 23:01link do post | comentar
Havia já mais de dez minutos que o Sol mergulhara no ocaso. A noite começava a entenebrecer sobre o vale. As folhas amarelecidas, que o Outono arrancava das árvores e com que a brisa doidejava, arrastando-as sobre a relva verdejante dos campos, já com esta se confundiam numa só massa pardacenta. O castelo do baliado principiava a assombrar-se e a denegrir-se. O chiar dos carros e as vozes dos lavradores tinham cessado. Os cães da aldeia começavam a latir de espaço a espaço e as casas e arribanas, que rodeavam aqui e ali a fortaleza, emantilhavam-se no espesso fumo resinoso que lhes saía pelas fendas dos tectos palhiços e que a calma da atmosfera deixava estacionar sobre eles.


O Balio de Leça

publicado por RAA, às 22:03link do post | comentar

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