Alumbramiento - curta-metragem de Victor Erice*, Espanha, 2002 («Cineastas raros»). O nascimento duma criança vem alterar a rotina dos trabalhos e dos dias no campo, nos idos de 1940. Um deslumbramento. Num texto de 1996, inserto no catálogo do EEF (p. 128), Erice fala-nos de «Cinema e Poesia», quando esta surge no grande ecrã, sem que a esperemos: «Nesses momentos de epifania, o cinema liberta-se do seu excesso de competências e servidões, escapa gloriosamente ao romance (à narração), ao teatro (à representação), ao jornalismo (à actualidade) para dar um passo mais além e retornar às origens do tempo. Ou o que é a mesma coisa: o olho que vê, vida que vive, revelação.» Vejam isto mesmo; está todo aqui: