contando as minhas poucas moedas de estudante, debatia o problema de as gastar num bar automático ou comprar uma novela e um sortido de caramelos ácidos no seu saco de papel transparente, com um cigarro que me nublava os olhos e no fundo do bolso, onde os dedos o roçavam por vezes, a embalagem do preservativo comprada com falsa desenvoltura numa farmácia onde todos os caixeiros eram homens, e que não teria a menor oportunidade de utilizar com tão pouco dinheiro e tanta infância na cara
«O outro céu», Todos os Fogos o Fogo (tradução de Carlos Barata)