Se bem me lembro, a primeira actriz por quem me apaixonei foi a Jessica Lange -- nem tanto pel' "O Carteiro Toca Sempre Duas Vezes» e mais por uma adaptação televisiva da peça de Tenesse Williams, «Gata em Telhado de Zinco Quente». Cometi, entretanto, várias infidelidades (Charlotte Rampling, Candice Bergen...). Pingamor, tenho tido, pobre de mim, outras paixões, mais recentes: Juliette Binoche, a girl next door que todos queremos; Nicole Kidman, a perversidade da beleza imaculada; a etérea Cate Blanchet. Torno agora público o meu deslumbramento por Kate Winslet, uma das actrizes mais carne-e-osso-e-vísceras que me foi dado apreciar. Confesso que pouco dei por ela desde o «Titanic», em que pouco dera por ela... Mas já com um filme recente, «Pecados Íntimos», ela me ficara debaixo d'olho.
Pertencem-lhe dois dos melhores filmes que vi em 2009; pertencem-lhe, porque se apoderou deles sem contemplações, não obstante os seus parceiros na representação -- e que magníficos eles vão! --, e dos próprios realizadores: Stephen Daldry («The Reader») e Sam Mendes («Revolutionary Road»).
É a minha mulher do ano.