Não é por vão escrúpulo de idealista que o antifascista hesita em se tornar fascista contra os fascistas, ou o pacifista em se tornar guerreiro contra o guerreiro: para que serviria lutar se se abolissem nessa luta todas as razões pelas quais se escolheu lutar? [...] é absurdo, por respeito pelos valores que se deseja fazer triunfar, garantir-lhes a derrota; mas não é menos absurdo renegar uma ideia sob o pretexto de lhe garantir a eficácia. É a isso que se decide frequentemente o político, mas é também isso que dá à política o seu carácter incoerente e decepcionante.
O Existencialismo e a Sabedoria das Nações(tradução de Mário Matos)