letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
31
Mar 10
publicado por RAA, às 23:42link do post | comentar

30
Mar 10
publicado por RAA, às 23:14link do post | comentar
Aquilo que nos ofende profundamente e supomos injusto a respeito do que pensamos, fazemos ou somos, não é tão simplesmente injusto quanto o supomos. José Marinho
presença, n.º 31-32, Coimbra, Março-Junho de 1931

publicado por RAA, às 20:57link do post | comentar

publicado por RAA, às 00:10link do post | comentar
POEMA

Os bandoleiros do ar-em-liberdade
caçaram-te vivo -- como as aves.
Imbecis! Para o voo duma verdade
não há mãos, nem muros, nem caves:

Vejo-a nos pára-raios,
nas cúpulas de cimento,
nas antenas da rádio
nas flexas do catavento.

Vejo-a no quebrado mito
p'la nudez do casario
em seus golpes de granito
enterrando os cascos no rio.

Vejo-a na praga dos arrais,
à janela das velas rotas
e no menino dos cais
comendo à mesa das gaivotas.

Vejo-a nos músculos tremendos
que os guindastes encarnam no ar.
Vejo-a nos barcos com remendos
conquistando peixes ao mar.

Vejo-a na torre derradeira
e nas profundas cicatrizes
nos ramos e nas raízes
da cidade inteira:

As neblinas cerradas
a fome em bicicletas
a rodagem dos poetas
por outras estradas.


Notícias do Bloqueio #2

29
Mar 10
publicado por RAA, às 23:30link do post | comentar

28
Mar 10
publicado por RAA, às 16:43link do post | comentar | ver comentários (4)
Alexandre Herculano (28 de Março de 1810).
Literalmente do outro mundo: um dos maiores historiadores da Europa do seu tempo, romancista datado, poeta duro de roer, soldado liberal, cidadão exemplar avesso a privilégios (recusou um título nobiliárquico), educador (preceptor dos futuros D. Pedro V e D. Luís I), polemista destemido.
A sua História de Portugal é um dos livros da minha vida.
O país é digno de comemorá-lo?

27
Mar 10
publicado por RAA, às 23:14link do post | comentar | ver comentários (2)

26
Mar 10
publicado por RAA, às 21:14link do post | comentar | ver comentários (2)
O pudor é, talvez, a mais violenta, a mais iniludível das manifestações de sexualidade.


A Sibila

publicado por RAA, às 19:00link do post | comentar

25
Mar 10
publicado por RAA, às 22:53link do post | comentar | ver comentários (4)
Vitorino Nemésio -- Entrava em pormenores. Margarida ouvia-o agora vagamente distraída, de cabeça voltada às nuvens, como quem tem uma coisa que incomoda no pescoço, um mau jeito. O cabelo, um pouco solto, ficava com toda a luz da lâmpada defronte, de maneira que a testa reflectia o vaivém da sombra ao vento. -- Mau Tempo no Canal (1944)
Assis Esperança -- Se não corresse o risco de receber da madrinha a reprimenda de lhe recordar, a propósito de tudo, as responsabilidades da sua idade, mulher já feita, circunspecta, tão precoce saíra -- pediria uma boneca. Das maiores. -- Sonho premente desde a infância, não conseguira mais que arremedá-lo de cambulhada e, entre outros, com monas de trapos: uma saia velha, um atilho apertado com força, a formar a cabeça, outro, a meio, a traçar a cintura. -- Servidão (1946)
Manuel da Fonseca -- Seca e breve como uma chicotada, a praga rompe dos lábios azedos da velha: / -- Raios partam esse vento! / Por instantes, as duas mulheres entreolharam-se. A velha, de punho no ar, a boca ainda aberta pelo grito. Júlia encolhida e receosa, como se acabasse de ouvir uma blasfémia. -- Seara de Vento (1958)

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