letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
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Mar 10
publicado por RAA, às 23:14link do post | comentar
Aquilo que nos ofende profundamente e supomos injusto a respeito do que pensamos, fazemos ou somos, não é tão simplesmente injusto quanto o supomos. José Marinho
presença, n.º 31-32, Coimbra, Março-Junho de 1931

publicado por RAA, às 20:57link do post | comentar

publicado por RAA, às 00:10link do post | comentar
POEMA

Os bandoleiros do ar-em-liberdade
caçaram-te vivo -- como as aves.
Imbecis! Para o voo duma verdade
não há mãos, nem muros, nem caves:

Vejo-a nos pára-raios,
nas cúpulas de cimento,
nas antenas da rádio
nas flexas do catavento.

Vejo-a no quebrado mito
p'la nudez do casario
em seus golpes de granito
enterrando os cascos no rio.

Vejo-a na praga dos arrais,
à janela das velas rotas
e no menino dos cais
comendo à mesa das gaivotas.

Vejo-a nos músculos tremendos
que os guindastes encarnam no ar.
Vejo-a nos barcos com remendos
conquistando peixes ao mar.

Vejo-a na torre derradeira
e nas profundas cicatrizes
nos ramos e nas raízes
da cidade inteira:

As neblinas cerradas
a fome em bicicletas
a rodagem dos poetas
por outras estradas.


Notícias do Bloqueio #2

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