letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
25
Mar 10
publicado por RAA, às 20:29link do post | comentar

24
Mar 10
publicado por RAA, às 18:15link do post | comentar | ver comentários (2)
Terra sem água é uma mulher sem homem.
António Nunes

publicado por RAA, às 18:00link do post | comentar

23
Mar 10
publicado por RAA, às 22:55link do post | comentar | ver comentários (2)
Os carneiros só respiram um pouco quando os lobos se disputam. O pior é a reconciliação. José Bacelar
Revisão 2 -- Anotações à Margem da Vida Quotidiana

publicado por RAA, às 22:48link do post | comentar

22
Mar 10
publicado por RAA, às 22:17link do post | comentar
PORTO

Havia nos olhos postos o sentido
de não vencerem distâncias.
Calados, mudos, de lábios colados no silêncio
os braços cruzados como quem deseja
mas de braços cruzados.
Os navios chegavam aos portos e partiam.
Os carregadores falavam da gente do mar.
A gente do mar dos que ficam em terra.
As mercadorias seguiam.
Os ventos, dispersos na alma do tempo,
traziam as novas das terras longínquas.
Segredavam-se em noites e dias
a todos os homens
em todos os mares
e em todos os portos
num destino comum.

Os navios chegavam ao porto
e partiam...


Poesia / No Reino de Caliban II
(edição de Manuel Ferreira)
imagem daqui

publicado por RAA, às 18:00link do post | comentar

21
Mar 10
publicado por RAA, às 18:49link do post | comentar
Um amigo enviou-me um excerto de «Sicko», em que o extraordinário Michael Moore faz o contraponto entre a política de saúde dos EUA e a da negregada Cuba. O mail vinha acompanhado das maiores diatribes contra o capitalismo e um elogio do sistema da ilha de Fidel.
O serviço de saúde que o estado cubano proporciona aos seus cidadãos é de altíssima qualidade, como o serão outros. Mas faz-me espécie a exaltação das virtualidades do regime em detrimento das defeituosas democracias liberais, tão odiadas pela mentalidade totalitária.
Eu recuso que para ter um estado dimensionado à medida do cidadão, em que os impostos são aplicados em benefício geral, tenha de abdicar doutros direitos humanos básicos, como o da tal liberdade. Abomino o capitalismo selvagem, e gostaria muito de poder tratar-me decentemente num hospital suportado pelos impostos, em vez de ter de recorrer a seguros de saúde; mas já me chateia que me tratem bem do corpo e depois me encarcerem o espírito.
É claro que isto sou eu a falar de barriga cheia. Acredito que se as minhas preocupações, após o pão de cada dia, se limitassem à vileza do escrutínio dos erros do árbitro contra o meu clube, ou saber as últimas calhandrices sobre a vida íntima duma figura qualquer da tv, vileza em que pasta a enorme maioria dos portugueses, tenho a certeza de que me estaria nas tintas para essa coisa comezinha que é a liberdade, sem tutela do estado e dos seus pides, sem consciência, porém, de que os meus direitos e a minha dignidade estavam sequestrados por uma clique que, para além de deter o poder, se arvorava como detentora de uma ética que a realidade estaria longe de demonstrar, como se viu noutras paragens.
Que ainda se defenda um sistema político para-soviético, um embuste inviável mesmo com recurso à mais iníqua opressão e manipulação, eis o que não cessará de me espantar.
Nem de propósito: vinha há pouco a ouvir no carro a «Balada do Estudante», do grande Adriano Correia de Oliveira, cantando o poema de Manuel Alegre: «Mais vale ser pardal na rua / que rouxinol na prisão.»

publicado por RAA, às 18:02link do post | comentar
Erogenous zones I love you. / Without you what could a poor boy do?
Genesis, «Counting Out Time»

publicado por RAA, às 17:27link do post | comentar | ver comentários (3)

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