letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
10
Jun 10
publicado por RAA, às 23:04link do post | comentar
A EDUARDO DE ALMEIDA.

Lembro. Emudeço.

..........por entre os cílios longos,
asas negras, inquietas, palpitando,
um dilúvio de lágrimas se esconde.

Entre nós o silêncio abafa e esmaga.

Digo, para o quebrar:
-- Só o futuro, só o sonho existe...

E a tua voz que eu amo tanto
e em certas horas me faz mal, repete:
-- Fala-me do passado... O teu passado...

Vinda de longe a minha voz tornou:

-- Sombra de sombras,
não vale a pena falar dele...

A tua voz velada e branca insiste:

-- Mas o presente é meu, somos nós dois...

E eu respondo a tremer:

-- É já também passado,
apenas tu murmuras: O presente...

Tômbola

publicado por RAA, às 16:34link do post | comentar

08
Jun 10
publicado por RAA, às 20:27link do post | comentar | ver comentários (2)
Como o nosso pensamento se ocupa tão pouco do que atinge outras pessoas! Por exemplo o destino de um grande cantor que ainda em verdes anos perde a voz é de uma crueldade inconcebível. Ele possuía o que o elevava acima de todos e ao mesmo tempo a todos o tornava agradável. Perde-o de um só golpe e o que resta é um invólucro vazio, que vai talvez deambular pela Terra ainda trinta ou quarenta anos. Hugo von Hofmannsthal
Livro dos Amigos (tradução de José A. Palma Caetano)

publicado por RAA, às 15:00link do post | comentar

07
Jun 10
publicado por RAA, às 17:00link do post | comentar
A arte francesa de ser galanteador não tem interesse algum para mim. O ímpeto selvagem tem. Philip Roth
O Animal Moribundo (tradução de Fernanda Pinto Rodrigues)

publicado por RAA, às 15:00link do post | comentar

06
Jun 10
publicado por RAA, às 19:52link do post | comentar | ver comentários (2)
David Bowie

publicado por RAA, às 14:02link do post | comentar | ver comentários (3)

05
Jun 10
publicado por RAA, às 23:26link do post | comentar | ver comentários (2)

publicado por RAA, às 22:46link do post | comentar
TARDES DA MINHA INFÂNCIA

Ó tardes da minha infância,
Tardes feitas de verdade,
Tardes que desconheciam
Os ventos da tempestade...
Ó tardes puras e frescas
Como a água da nascente,
Tardes que ficam na história
Da vida de toda a gente
Como as mais belas e sãs;
Tardes de calma e bonança
Que durante toda a vida
Não nos saem da lembrança...
Ó tardes da minha infância,
Tardes que perdi para sempre,
Que nunca mais voltarão...
Tardes em que eu baloiçava
Feliz, leda e descuidada,
No meu baloiço de rosas...

Hoje o baloiço é de espinhos...
E quem nele se balança
É um pobre coração...

Eterna no Tempo

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