letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
30
Nov 10
publicado por RAA, às 22:23link do post | comentar

29
Nov 10
publicado por RAA, às 22:44link do post | comentar
Kabe no Naka no Himegoto (Secrets Behind the Wall), seguido de Taiji Ga Mitsoryosuru Toki (The Embryo Hunts in Secret), de Kôji Wakamatsu (Japão, 1965 e 1966). «Homenagem Kôji Wakamatsu».
O Japão do milagre, a industrialização, a finança, os negócios, o bem-estar, os estudos para lá chegar, as casas como colmeias, a opressão disso tudo, o desvio sexual, o voyeurismo, a dominação como partes integrantes de. Dois pormenores, não de somenos: o violoncelo elegíaco de «Secrets Behind the Wall»; a voluptuosidade com que a actriz é mostrada em «The Embryo Hunts in Secret». Não vi «Caterpillar», de 2010, o que terei de fazer. 



28
Nov 10
publicado por RAA, às 22:36link do post | comentar
K.364 A Journey by Train, de Douglas Gordon (Reino Unido, EUA, França, 2010). «CinemArt».
Avri Levitah e Roi Schiloach são dois músicos israelitas, cujos pais tiveram de fugir da Polónia, após a invasão nazi. O documentário de Douglas Gordon dá-nos um pouco da viagem de comboio entre a Alemanha e a Polónia -- com o simbolismo que o caminho-de-ferro tem naquele contexto histórico... -- e depois o encontro com a Orquestra de Poznan, cidade em que, desde 1939 até à actualidade, as piscinas municipais funcionam no edifício que fora a sinagoga principal. Em fundo, a Sinfonia Concertante para Violino, Violeta e Orquestra K. 364. Mozart liga os dois mundos e torna imponderável o opressivo peso da História.

publicado por RAA, às 03:49link do post | comentar
Io Sono Tony Scott, de Franco Maresco (Itália, 2010). «Em competição».
Um documentário sobre um dos maiores clarinetistas da transição swing / be bop. Tony Scott (1921-2007) foi, por votação dos críticos da Downbeat, músico do ano durante quatro vezes, em finais da década de cinquenta (o outro grande instrumentista desse período foi Buddy De Franco), tendo tocado com todos -- de Billie Holiday a Charlie Parker, de Duke Ellington a Dizzy Gillespie e Bill Evans, que lançou.  Nova-iorquino filho de sicilianos, resolve mudar-se para Itália nos anos sessenta, depois de uma passagem prolongada pelo Oriente, ensaiando aí vários projectos de fusão e o que viria a designar-se por world music. Documento triste, pois alguém que fora um dos mais destacados músicos do seu tempo, acaba ignorado, menorizado, ridicularizado. Scott nunca deixou de ter a noção do que era e de quem era, o que por vezes não (lhe) facilitava as coisas.  Até à sua morte, poucos perceberam que lidavam com uma lenda viva. O filme acaba por tornar-se numa espécie de expiação colectiva, um atestado do remorso. Maresco é cáustico para com o seu país, afirmando que só lá é que algo semelhante poderia acontecer... Desconhece Portugal, é claro.
 site

27
Nov 10
publicado por RAA, às 17:07link do post | comentar | ver comentários (2)

26
Nov 10
publicado por RAA, às 23:56link do post | comentar | ver comentários (2)
I'm Still Here, de Casey Affleck (EUA, 2010). «Fora de competição».
De Joaquin Phoenix ficara-me o extraordinário desempenho como Johnny Cash, em «Walk The Line», que lhe valeu uma nomeação para Oscar de melhor actor e a atribuição de um Globo de Ouro. Este filme de Casey Affleck (cunhado de Phoenix) quer documentar a pretensa história do actor de Hollywood que, não conseguindo prosseguir com o papel de estrela, quer tornar-se músico hip-hop. É um outro habitat, e as coisas não correm de feição. Se fosse um verdadeiro documentário, seria patético; assim, permite-nos ter uma perspectiva, de dentro, sobre a natureza instável ou periclitante do "estrelato".


25
Nov 10
publicado por RAA, às 19:30link do post | comentar

publicado por RAA, às 19:14link do post | comentar
Um dos meus presencistas. 5 poemas, aqui.

24
Nov 10
publicado por RAA, às 22:48link do post | comentar | ver comentários (2)
Framtidens Melody («Song of Tomorrow»), de Jonas Bergergard e Jonas Holmström («Em competição»).
Um filme magnífico sobre a amizade, sobre o sonho, as expectativas da vida -- sobre a vida. Janos é um cantor de rua, sem grandes competências para as convenções sociais, e sem particulares ambições que não sejam as de poder viver livremente. É, no entanto, possuidor de um talento incrível que faz dele uma espécie de jogral. Stig é um velho que de moto próprio se torna uma espécie de manager, pretendendo para Janos as luzes da ribalta e o sucesso que merece. No fundo, é Stig quem precisa mais de Janos, que pacientemente se deixa "auxiliar"... O filme gira todo em torno deste delicioso equívoco, e é duma grande sensibilidade. Os actores, não profissionais, se não erro, estão esplêndido, e a música de Janos (Sven-Olof Molin) é do outro mundo. De todos os que vi a concurso, este seria o meu premiado.


23
Nov 10
publicado por RAA, às 16:59link do post | comentar | ver comentários (7)
Os "mercados" não vão descansar enquanto não sugarem o que puderem, já se percebeu. Do que precisamos, Portugal, Europa, é de políticos à altura das circunstâncias; não de gente pequena, de pequenos políticos nem de tecnocratas que se limitam a constatar o problema («é assim, estamos em capitalismo, são os "mercados", basta de palavreado»...). Sim, basta de palavreado acocorado e parta-se para a acção. E a acção tem de ser política e institucional, envolvendo a União Europeia -- se queremos salvar a União Europeia e não recuar décadas no que se adquiriu politica e civilizacionalmente, que é algo que estas mentes vesgas e torpemente merceeiras não percebem.

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