letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
06
Mar 11
publicado por RAA, às 16:54link do post | comentar
5 poemas, aqui;
retrato de João Hogan
(imagem daqui)

publicado por RAA, às 16:36link do post | comentar

05
Mar 11
publicado por RAA, às 17:01link do post | comentar | ver comentários (3)
Escreve Emílio Costa*: «A quem nunca foi caluniado nem difamado, falta um elemento de muito valor para conhecer o mundo.»
Dizem que só se calunia e difama quem tem algum valor. Porque pode fazer sombra, porque a insegurança de quem calunia acusa a real ou suposta importância daquele que se torna alvo, etc., etc.
Eu, que sei já ter sido caluniado pelas costas, raramente peço explicações àqueles que não têm coragem de afirmar de caras o que insidiam às esconsas. Por algumas razões: em primeiro lugar porque não tenho grandes medos, nem de hipotéticos telhados de vidro -- lido bem com as minhas fraquezas. Não ter medo(s) é óptimo para ultrapassar as rasteirazinhas que nos vão fazendo. Depois, julgo ter um sentido crítico que relativiza o que não é importante e, principalmente, quem não é importante. Gasta-se boa parte do tempo a tropeçar em gente que não interessa, isto é: gente desinteressante. Por último, tenho cara de poucos amigos, quando quero. Há quem pense duas vezes antes de me aborrecer. Claro que preferiria que esse expediente estivesse ausente das relações humanas, menos por mim do que por aqueles que se degradam em praticá-lo.

* Filosofia Caseira, Lisboa, Seara nova, 1947, p. 157.

publicado por RAA, às 02:41link do post | comentar | ver comentários (2)
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04
Mar 11
publicado por RAA, às 19:39link do post | comentar

publicado por RAA, às 00:17link do post | comentar
(próximo projecto: psicanalizar a cal)
Alexandre O'Neill

03
Mar 11
publicado por RAA, às 22:59link do post | comentar

02
Mar 11
publicado por RAA, às 22:50link do post | comentar

publicado por RAA, às 16:40link do post | comentar
TÚMULO AO POETA DESCONHECIDO

uma brochura
que mal se sustenta de pé
na biblioteca pública
de uma cidadezinha qualquer

as páginas amareladas
de uma antologia
com trezentos e tantos
tantos tantos "poetas"

um título
perdido
(muito cedo, muito cedo)
nas prateleiras de um sebo

apenas um nome
(nowhere man)
na babilônica
lista telefônica

numa obscura
repartição pública
(beneficência da língua portuguesa)
sem cura

um bardo bêbado
no fundo do bar
olhando pro nada
e pensando que é o mar

no tumulto da vida -- o túmulo
requiescat in pace
& não volte jamais

Na Virada do Século - Posei de Invenção no Brasil
(Claudio Daniel e Federico Barbosa)





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