O simbolismo de Dickens é todo tecido com fantasmas arrancados à miséria de Londres. Visto [sic] por um «snob», essa miséria seria o cenário dum drama vulgar, com pretensões ridículas de realismo.
Sentida por Dickens, que foi um famélico, a tragédia estilizou-se na mais original e bizarra expressão literária.
A tragédia, a dor, atingiram a forma culminante da sugestão.
Realizada por um processo exótico, não resultou uma arte «snob» que seria sem dúvida o seu despenhadeiro, e assim os livros de Dickens tornaram-se populares em toda a Inglaterra e erraram triunfantes por todo o mundo.
O Drama da Sombra (com Ferreira de Castro)
(também aqui)