letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
25
Set 08
publicado por RAA, às 22:12link do post | comentar
SENHOR DA ESCRAVIDÃO

Pensavas que gostava de ti
desinteressado
ingénua que tu és
ó minha amada

Venerava-te, é certo
por interesse
na ambição de consumir-te
d'empreitada

De tomar o teu corpo
a meu cargo
e só deter-me
quando ele fumegasse

De deixá-lo ressequido
mesmo amargo
ainda que ele
protestasse

E não olhar a meios
nem desígnios
para sorver o teu pólen
a tua seiva, a tua hera

Penetrar bem fundo
no teu âmago
ir até aos confins
do Infinito

Como se houvesse
um outro mundo
onde não pudesse deixar
de ser proscrito

Pensavas que gostava de ti
desinteressado
ingénua que tu és
ó minha amada

Sabes que me deliciava no teu corpo
me saciava na ideia de o ter
nada mais fazer
do que dispor

Mas sabes que dele ficava um travo
mais amargo do que tu possas saber
um ligeiro paladar chamado amor
que me transformou em teu escravo


[aliás, Luís Graça]
De Boas Erecções Está o Inferno Cheio

Verdadeiramente profundo!
Ana Paula a 28 de Setembro de 2008 às 15:39

É do Dick Hard!
RAA a 28 de Setembro de 2008 às 19:25

só mesmo o amor para tb poder trair...neste caso, ainda bem pk pela descrição, ter-se alguém p consumir e deitar fora, servindo-se da ingenuidade (algo mt habitual, infelizmente), não é bom...
nas asas de um anjo a 3 de Outubro de 2008 às 15:42

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