Framtidens Melody («Song of Tomorrow»), de Jonas Bergergard e Jonas Holmström («Em competição»).
Um filme magnífico sobre a amizade, sobre o sonho, as expectativas da vida -- sobre a vida. Janos é um cantor de rua, sem grandes competências para as convenções sociais, e sem particulares ambições que não sejam as de poder viver livremente. É, no entanto, possuidor de um talento incrível que faz dele uma espécie de jogral. Stig é um velho que de moto próprio se torna uma espécie de manager, pretendendo para Janos as luzes da ribalta e o sucesso que merece. No fundo, é Stig quem precisa mais de Janos, que pacientemente se deixa "auxiliar"... O filme gira todo em torno deste delicioso equívoco, e é duma grande sensibilidade. Os actores, não profissionais, se não erro, estão esplêndido, e a música de Janos (Sven-Olof Molin) é do outro mundo. De todos os que vi a concurso, este seria o meu premiado.