Isto não é científico, tampouco regiano, mas uma simples intuição: - a maior parte dos eleitores perdidos pelo Bloco passou-se para o PSD. Ao fazerem do PS e de Sócrates o inimigo principal (orientação política demonstrada na moção de censura e na rejeição do PEC), Louçã e Cª acabaram por estimular o voto útil no PSD, o único partido que podia fazer frente ao desgoverno socialista. Dirão que no PC a coisa se passou de forma diferente. É verdade! Porque o eleitorado do PC é mais estável, coeso e nada diletante. Quem vota no PC vota por ideologia.O PC não tem trânsfugas, Zita e quejandos à parte :):).
Caro Manel: eu demonstro o "regiano": «[...] não me contentarei com dizer com dizer que não faço o mínimo empenho em ser do meu tempo. Antes direi que me sinto honrado com me opor a ele [...]». "Em Torno da Expressão Artística", 2.ª edição, Lisboa, Inquérito, s.d., p. 8. Esse o sentido, regiano, do meu voto. Abraço.
Outra coisa: Tenho aqui, que me deram em Portalegre, um número especial da revista "a cidade" de Outubro de 1984. Traz uma carta de Ferreira de Castro a Câmara Reys, procurando obter assinaturas para um "MANIFESTO DOS INTELECTUAIS PORTUGUESES AOS SEU PAIZ"; segue o manifesto dactilografado, datado de Fevereiro de 49, e as assinaturas dos intelectuais, entre elas a do Régio. Se este nº da revista interessar ao Museu, diga-me. Tenho apenas um exemplar, mas talvez se arranjasse outro. Abraço
49 é Norton de Matos, a cuja comissão ele pertenceu (Oposição unida, como acontecera com o MUD e como não voltou a acontecer, pelo menos até Aveiro, que era outra coisa). Claro que interessa.