Neste grupo de predestinados, vejo os carrascos de si próprios, no fanatismo que lhes está intrínseco, a semente da sua condenação -- deles ou dos descendentes directos. Não é possível viver à custa da humilhação e do menosprezo dos outros -- neste caso, dos palestinianos --, em nome de um direito divino, bíblico, milenar a um território, que entretanto se tornou, desde há séculos, pátria de outro povo.
É uma pena que o Israel liberal e progressista, o Israel libertário do kibutz das origens, recue em face da peste religiosa que o assola e se vai espalhando pelo mundo.