Caro RAA, E assim, com uma simples (?) frase se pode lançar um grande debate. O que representa, de facto, a distância ou, se quisermos o distanciamento? São coisas distintas, dir-me-ão. Claro! Mas, na essência, não terão alguma similitude? Podemos estar junto, ali ao estender do braço, mas tão longe, tão longe! Mas, não será o inverso também verdadeiro?...
«Não sou senão náusea, não sou senão cisma, não sou senão ânsia / Sou uma cousa que fica a uma grande distância» -- é um dístico de «Canção à Inglesa», um pequeno-grande poema do Pessoa/Campos, que nos suscita muitas interrogações. Recomendo, Teresa
(...) Fiz a viagem, comprei o inútil, achei o incerto, E o meu coração é o mesmo que fui, um céu e um deserto Falhei no que fui, falhei no que quis, falhei no que soube.(...)
Dizes bem, um pequeno-grande poema. Mas quando é que Pessoa, essa Alma inquieta, nos deixa em sossego? Quando é que não nos levanta N questões?!