Deslocalizado para o Festival de Cinema do Estoril, não pude anotar em devido tempo mais esta anedota que o país nos prega: deixaram ir a mítica arca de Fernando Pessoa para mãos particulares -- um objecto palpável e bem visível que faria todo o sentido na casa do dito. Mas o chamado dossier Crawley (um charlatão insignificante que se dizia mago), estudado por autores sérios e rebuscado por toda a espécie de fauna esotérica, esse não podia perder-se. O ministro e o director da BN, ouviram, diz-se, especialistas. E o especialismo deu nisto. Que miséria, que miséria...
