letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
01
Jun 11
publicado por RAA, às 20:45link do post | comentar
Não vale a pena, francamente, gastar muito latim com o PCP. Ideologicamente firme, com a firmeza de uma seita,  a sua perversão doutrinária, para quem tivesse dúvidas quanto à teoria, já foi demonstrada na prática, através de todas as uniões soviéticas, chinas, albânias, cubas e coreias do norte deste mundo. O marxismo-leninismo faz-me lembrar a santa madre igreja e a sua inquisição, quando impunha a fogueira como penitência; neste caso, em nome de um horizonte social beatífico, foram impostos os regimes mais repressivos e tirânicos que o século XX conheceu, com excepção do nazismo (nada se compara com o nazismo). Como disse o Júlio Pomar quando acompanhou Soares em visita à URSS: "ver para descrer". Mas nem é necessário ir ver: basta ler, do pensamento e prática intolerantes de Marx, ao Avante! do mês passado, a propósito da questão síria; ou, se quiserem, ler o Orwell, o Koestler, o Soljenitsine... Não mudaram, não querem mudar. Estão no seu direito; mas numa sociedade livre serão sempre residuais.

publicado por RAA, às 20:36link do post | comentar
Politicamente, estou muito mais próximo do CDS do que de outras forças políticas à esquerda, em que me reconheço. Basta o CDS ser um partido liberal. O seu conservadorismo nos costumes também não me causa mossa: os costumes estão na esfera da liberdade individual que cabe a cada um. Não voto no CDS basicamente por duas razões: o seu discurso aparentemente social cristão é falso. O CDS é um partido de classe, exactamente como o é o PCP; e, dada a sua pequena dimensão, nunca conseguirá libertar-se do nicho de interesses que efectivamente representa. O alarde que Portas faz das preocupações sociais do partido, se forem entendidas de forma benigna, não são mais do que uma perspectiva caritativa e esmoler dos pobrezinhos; se quiser ser mais severo, diria que me faz lembrar os beatos falsos, que andam sempre com nosso senhor na boca, desdizendo-se à primeira oportunidade. Talvez fosse bom para o país que o CDS fosse a segunda força política, obrigando-se assim a libertar-se dos casulos em que se encerra.

18
Mai 11
publicado por RAA, às 00:40link do post | comentar | ver comentários (2)
escrevi-o no FB (!), mas dado o inusitado da coisa, quero registá-lo aqui: 
Pela primeira vez, gostei de ouvir o Louçã. Não é que o Passos Coelho estivessse particularmente mal; mas o Louçã esteve encorpadamente forte e razoável.

02
Mai 11
publicado por RAA, às 18:29link do post | comentar
Carvalho da Silva poderá ser um excelente candidato da esquerda às próximas presidenciais, se souber fazer as pontes e gerir os equilíbrios necessários. Não sei se o permitirá o sectarismo manipulado e ignaro, de que ontem tivemos um exemplo na manif da CGTP.

27
Abr 11
publicado por RAA, às 20:23link do post | comentar
Um deputado do PS-Madeira -- leio no Público -- foi absolvido pela Relação, depois de ter chamado corruptor, aldrabão e calão ao Alberto João.

publicado por RAA, às 20:09link do post | comentar
Uma das propostas brilhantes, saídas daquelas cabecinhas do "Mais Sociedade": reduzir a pensão de reforma a quer recorra ao subsídio de desemprego. São tão estúpidos...

publicado por RAA, às 19:57link do post | comentar
Os gregos têm o coro na tragédia; nós tivemos a tragédia dos pavões, pontuando dramaticamente a entrevista de Sócrates.

20
Abr 11
publicado por RAA, às 20:58link do post | comentar | ver comentários (2)
Um post da Ana Paula Sena Belo suscitou-me este alinhavo:
Tenho por adquirido que quanto mais instáveis são os tempos, mais necessário se torna fazer uso da razão. A Europa, na década fatídica 1929-1939, deixou-se toldar pela irracionalidade. Mas houve povos (e líderes políticos cheios de defeitos) que se mantiveram razoáveis e lúcidos: os povos do Norte da Europa. E líderes:  de Churchill -- o homem certo na hora certa -- ao rei Haakon VII, da Noruega (ocupada pelos alemães), que ostentava à lapela a estrela de David, solidário com os seus concidadãos judeus. É evidente que também houve líderes do outro lado detentores de grande frieza (Stálin) e frio e competente discernimento (Salazar). Mas para estes não havia cidadãos, mas uma massa que era necessário enquadrar e tutelar.

12
Abr 11
publicado por RAA, às 14:27link do post | comentar | ver comentários (3)
O que seria engraçado, se não fosse trágico, é que os ingénuos da cidadania que andaram a aclamar a pureza do candidato Nobre, na verdade serviram de idiotas úteis, quer à estratégia do ressentimento anti-Alegre, quer, objectivamente, à rápida reeleição de Cavaco. Depois dos delírios das presidenciais embasbacam-se agora com as últimas novidades. Se o PSD ganhar as eleições, prevejo comédia na Assembleia da República.

09
Abr 11
publicado por RAA, às 19:25link do post | comentar | ver comentários (4)
Com Ferro Rodrigues como cabeça de lista por Lisboa, o meu voto no PS está praticamente garantido. E ainda nem consegui ouvir o discurso do Manuel Alegre...

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