letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
01
Jan 07
publicado por RAA, às 18:55link do post | comentar | ver comentários (2)

A beleza sim mais uma vez / Não por adorno mas instinto fundo

Alberto de Lacerda

26
Set 06
publicado por RAA, às 23:29link do post | comentar
A cidade prosegue / Cada vez mais lenta / Em direcção à noite
Alberto de Lacerda

15
Ago 06
publicado por RAA, às 16:49link do post | comentar
Palavras / Quase todas a mais
Alberto de Lacerda

18
Jun 06
publicado por RAA, às 20:20link do post | comentar
Ferido de inocência desde sempre
Alberto de Lacerda

27
Dez 05
publicado por RAA, às 16:04link do post | comentar | ver comentários (2)
APARIÇÃO

Tem sobre a música certas vantagens
E nunca me dirigiu a palavra

Tem os dedos longos
Os olhos rasgados
Um perfil que transformou a sala onde eu estava
E nunca me dirigiu a palavra

Tem os cabelos louros
Angelicamente revoltos
E nunca me dirigiu a palavra

Tem dezoito anos
Ou dezassete anos
E nunca me dirigiu a palavra

Tem um olhar profundo e natural
De rio sem grandes acidentes
Tem o olhar directo
E nunca me dirigiu a palavra

Tem os gestos mais belos que eu sonhei
Antes de ver os seus gestos
Tem a graça da luz de Maio
Tem qualquer coisa de Maio que a Primavera esqueceu
Tem os ossos do rosto cinzelados
Duma forma que teria perturbado
Fídias e perturba certamente
Todos os dias o ar a luz a noite e o dia
E nunca me dirigiu a palavra

Agita quando anda
Os mantos do invisível
E nunca me dirigiu a palavra

Tem uma voz incomparável
Tem uma doçura de ave no olhar
E nunca lhe dirigirei uma palavra

25.5.62
Oferenda-I

27
Out 05
publicado por RAA, às 21:29link do post | comentar
Na rua desde há muito bem amada
As árvores estão carregadas de flores
E o chão
Onde vão caindo luminosas

O azul é ténue sereníssimo envolvente

Algo sugere
Que a tarde azul e ouro
É um porto seguro

O dia faz sentido finalmente

Enseada
Do coração
Londres
11 de Maio 99


Horizonte

03
Ago 05
publicado por RAA, às 22:02link do post | comentar | ver comentários (2)
CANÇÃO DO VELADO DESESPERO

Não saiba a luz trazer de longe
Os meus fantasmas um por um
Não bem remorsos mas destroços
Mas interrupções da vida viva

Não saiba a luz trazer da morte
O que matei dentro de mim
O fio fino mas possante
Que me afastou do paraíso

Meus braços cegos como Eros
Ninguém os venha complicar
A solidão tenha a coragem
De nunca mais me abandonar


22-10-1964
Oferenda II

10
Jul 05
publicado por RAA, às 16:11link do post | comentar
Café

Espiral de energia

Explosão silenciosa
Do prazer

Yèvre-le-Châtel
26 de Junho 90
Átrio

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