letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
04
Jun 12
publicado por RAA, às 18:21link do post | comentar | ver comentários (2)

[...] em Arte tudo o que uma vez esteve certo sempre estará certo.

 

Ana Hatherly


29
Mar 11
publicado por RAA, às 23:01link do post | comentar
5 poemas, aqui.

04
Jun 06
publicado por RAA, às 02:54link do post | comentar
escrevo para dizer o que não pode ser dito
Ana Hatherly

23
Dez 05
publicado por RAA, às 16:27link do post | comentar | ver comentários (3)
O SONHO SEM DESTINO

Se os caminhos são breves
e os dias tão compridos,
e as tuas mãos mais leves
que a espuma dos vestidos;

se é de ti que me ondeia
uma brisa subtil...
E a vaga diz: -- Sereia!
E o sonho diz: -- Abril!

Se cresces e dominas
os campos que acalento,
e inundas as colinas
de fontes que eu invento;

se tens na luz dos olhos
o misterioso apelo
das cidades de fogo,
das cidades de gelo;

se podes bem guardar
na tua mão fechada
o meu altivo Tudo
e o meu imenso Nada;

se cabe nos meus braços
a bruma que tu és,
e em algas e sargaços
te abraço nas marés;

se, puro, na presença
da nossa grande Casa,
pões na voz de horizonte
um lume de asa e brasa.

Não sei porque te sonho
na sombra matinal,
e ao meu lado te vejo,
real e irreal.

Sabeis -- adaga fria,
que ao meu peito cintilas --
onde se oculta o dia
das aragens tranquilas?

Se tudo sabes, mata
com dedos de oiro fino,
ou com gume de prata,
o sonho sem destino!

Anel de Sete Pedras

In Ana Hatherly, Caminhos da Moderna Poesia Portuguesa

24
Out 05
publicado por RAA, às 21:52link do post | comentar | ver comentários (6)
Estou à beira do lago:
é o fim do Verão.
Sentada de baixo de uma grande árvore
algumas folhas já amarelas
caem de vez em quando sobre mim.
São poucas
discretas
mas nelas sinto já
o princípio do regresso à terra funda.

Itinerários

publicado por RAA, às 21:51link do post | comentar

20
Ago 05
publicado por RAA, às 16:00link do post | comentar
SE EU PUDESSE

Se eu pudesse dar-te aquilo que não tenho
e que fora de mim jamais se encontra
Se eu pudesse dar-te aquilo com que sonhas
e o que só por mim poderá ter sonhado

Se eu pudesse dar-te o sopro que me foge
e que fora de mim jamais se encontra
Se eu pudesse dar-te aquilo que descubro
e descobrir-te o que de mim se esconde

Então serias aquele que existe
e o que só por mim poderá ter sonhado

A Idade da Escrita

publicado por RAA, às 15:59link do post | comentar
Posted by Picasa Fotografia de Graça Sarsfield

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