letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
04
Nov 12
publicado por RAA, às 03:13link do post | comentar


Ana Cortesão, «A Minha Vida É um Esgoto» (BaleiAzul/Bedeteca de Lisboa);
Rui Lacas, «A Filha do Caranguejo» (Edições Polvo);
Morvan/Savoya & Buchet/Chagnaud, «Nomad» (Edições Asa);
Paulo Monteiro, «O A

mor Infinito que te Tenho e Outras Histórias» (Edições Polvo);
Miguel Rocha, «Borda d'Água -- O Tempo das Papolias»;

(para as cachopas): 
Tony Cochran, «Agnes -- Sou Demasiado Nova para Ser tão Brasa» (Gradiva);
Lynn Johnston, «A Balada da Máquina de Lavar» (Gradiva);
Lewis Trondheim & Manu Larcenet, «Os Cosmonautas do Futuro» (Edições Asa);

(do crianço):
Díaz Canales & Guarnido, «Blacksad -- Alma Vermelha» (Edições Asa);
Bryan Lee O'Malley, «Scott Pilgrim Contra o Mundo» (Booksmile);
Osamu Tezuka, «The Book of Human Insects» (Vertical).
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12
Jul 12
publicado por RAA, às 01:08link do post | comentar
Cresci com a revista Tintin e com ela envelheço.

27
Abr 12
publicado por RAA, às 13:00link do post | comentar | ver comentários (2)

Leio a Peregrinação do Fernão Mendes Pinto, publicada postumamente em 1614, anotada pelo historiador Neves Águas. Grande escrita, da melhor escrita, um incipit inesquecível, dos começos mais arrebatadores de uma narrativa -- porque já sabemos muito do que a seguir leremos:

«Quando às vezes ponho diante dos olhos os muitos e grandes trabalhos e infortúnios que por mim passaram, começados no princípio da minha primeira idade e continuados pela maior parte e melhor tempo da minha vida, acho que com muita razão me posso queixar da ventura que parece que tomou por particular tenção e empresa sua perseguir-me e maltratar-me, como se isso lhe houvera de ser matéria de grande nome e de grande glória; [...]».

E fundamental para sabermos de que massa somos feitos,  nós portugueses, mas também brasileiros, portugueses à solta nos trópicos.

 

Releio Capitães da Areia, do Jorge Amado, publicado em 1937 e queimado em praça pública de Salvador, com todos os livros anteriores do autor, no ano seguinte. Trinta anos depois, verifico que se mantém o encantamento com que então o li. O humor, a poética, a empatia, a envergadura de romancista. Claro que detecto hoje alguns problemas ao nível do estilo, nem sempre cuidado; mas se não há arte sem estilística (e a de Jorge Amado é adequada , porque serve a narrativa em vez de ofuscá-la) -- se não há arte sem estilo, este é insuficiente quando o escritor não é profundo. As estantes das bibliotecas públicas e privadas estão pejadas de monos irrelevantes de autores celebrados pela elegância, monos que nem sequer sobreviveram a quem os escreveu. Não Amado, de quem já alguém disse ter sido o Balzac brasileiro, pela sua dimensão de criador de mundos. Ele será sempre o deus e semi do romance da nossa língua comum -- como Eça caracterizou o (seu) amado Dickens, «deus e semi», em carta a Ramalho ou Oliveira Martins, se bem me recordo, depois de ter chamado a Balzac «semi-deus»...

 

Ah!, e sempre, sempre, muita poesia e muita BD, todos os dias. Os quadradinhos, que permitem a ilusão momentânea da infância e juventude perdidas; a poesia (e a música e a pintura), que quotidianamente antecipa o fim que me espera, o nada a que estou destinado, eu e as paixões da minha vida.


27
Jan 12
publicado por RAA, às 00:26link do post | comentar | ver comentários (2)

Desde criança, e até à idade adulta, reparti a minha vida por duas casas, uma no Estoril, a outra no Cobre, em Cascais. Na primeira, tinha à minha frente o casario do Monte Estoril (mais tarde ocultado por um acrescento de piso num hotel) e a baía de Cascais; na segunda, um vasto pinhal em que a região é fértil. O pinhal já não existe, foi devastado pela construção. Hoje a janela está de lado, mas tenho diante de mim uma alta estante a abarrotar de álbuns de bd. Não podendo já ter nenhuma daquelas, mantenho, nessa(s) estante(s), uma janela aberta para a infância e juventude.


11
Nov 11
publicado por RAA, às 18:58link do post | comentar

 

 

 

 As Leituras do Pedro faz eco de novas edições «Graphic MSP» -- as personagens de Maurício de Sousa transfiguradas por outros autores.


08
Out 11
publicado por RAA, às 23:47link do post | comentar | ver comentários (3)

Bringing Up Father. Comic strip de 1913. O seu autor, George McManus, ex-designer de moda, imagina um pato-bravo a quem saiu a sorte grande, mas que, tirando o charuto, a cartola e a bengala, mantém os gostos simples; a mulher, pelo contrário, extravagante e dominadora, aperalta-se com pose e meneios de nova-rica; a filha, Connie, é uma pin up em que o autor exercita o antigo  métier (as indumentárias são dignas de obervação demorada). As situações são obviamente cómicas, mas tornam-se repetitivas. McManus tem, contudo, uma imagem de marca (tal como Franquin, nas assinaturas das pranchas de Gaston Lagaffe): recorrentemente, numa espécie de surrealismo humorístico, as pinturas das telas que decoram as paredes da casa ganham vida, extravasando a moldura, comunicando entre si, num gag dentro do gag.

 

George McManus, Pafúncio, tradução de Monica Stahel M. da Silva, São Paulo, Martins Fontes, 1989.


06
Jun 11
publicado por RAA, às 00:13link do post | comentar | ver comentários (2)
Tenho heróis e também super-heróis: o maior deles é o Batman, aqui desenhado por Neal Adams.

02
Mai 11
publicado por RAA, às 18:11link do post | comentar
Jean-Michel Charlier: tinha ar de mestre-escola, mas criou o pouco recomendável Tenente Blueberry.

08
Mar 11
publicado por RAA, às 23:47link do post | comentar | ver comentários (2)
O Zé Colmeia é talvez a personagem mais antiga dos quadradinhos e da tv de que me recordo. Guardo ainda um livrinho, entretanto sem capa, duma colecção que trazia "desenhos animados" no canto superior direito. Hoje fui ver o filme em 3D com a minha filha mais nova. Adormeci nas duas partes, mas deu para ver que funciona para o público infantil. O meu Zé Colmeia, porém, será sempre o das curtas metragens da dupla Hanna-Barbera.



21
Dez 06
publicado por RAA, às 23:16link do post | comentar | ver comentários (2)




Se fosse preciso,
trocava todos os heróis da Marvel
por um punhado de Blueberrys.

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