letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
16
Dez 11
publicado por RAA, às 18:34link do post | comentar

A poesia puta pede favor

Enfeita-se   faz efeito   quer impressionar.

 

É da barganha a poesia puta

Joga por influência

Rasteja por atenção.

 

«Vejam como é a puta

Que pariu esta poesia puta»

Gostaria ela de não dizer

Mas diz   a poesia vendida.


09
Set 11
publicado por RAA, às 01:25link do post | comentar
alterno raul brandão e ruy belo
transporte no tempo com el-rei junot
a melhor poesia em grande prosa 
grande poesia que toda a prosa deveria ter

morte e mais morte entre 
tanta vertigem de fim é
possível um frémito de 
felicidade em tanta morte 

só no meio da melhor prosa
e de tão grande poesia

29
Mar 11
publicado por RAA, às 20:00link do post | comentar | ver comentários (6)
Para que conste, estou no Facebook. Não porque tivesse muita vontade, mas por razões de índole profissional. Não percebo nada daquilo, a bem dizer, senão que é um fórum de tagarelice. Mas há coisas giras: reencontros com familiares e amigos de outros tempos, ou insurgências no mundo árabe.  Enfim, sendo um blogger, faço daquilo uma extensão deste e doutros blogues que vou mantendo. E exercito-me na legendagem de algumas imagens ou músicas que aqui postei. Não me parece que dê para muito mais. Mas que sei eu?...

06
Fev 11
publicado por RAA, às 23:12link do post | comentar | ver comentários (11)
Escreveu La Bruyère*: «Um espírito medíocre julga que sabe escrever divinamente; um espírito sagaz julga que só escreve razoàvelmente.» -- ou do espírito crítico (algo que, como o bom senso, foi pessimamente distribuído por deus nosso senhor pelas suas criaturas).

*Os Caracteres, tradução, selecção e prefácio de João de Barros, Lisboa, Livraria Sá da Costa, 1941, p. 73.

30
Out 06
publicado por RAA, às 20:30link do post | comentar
Houve tempo em que julguei não ter tempo para ler.
E a minha máxima ambição foi então a de dispor de tempo para ler.
Uma página por dia.
Uma página de boa prosa.
Uma pauta de sinfonia aquiliniana, um fresco dum vasto painel de Paço d'Arcos (Joaquim).
Ler, ler, ler -- era só o que eu queria.
Na paragem da Carris, podia ser.
Foi nessa altura que ganhei o hábito de fugir ao almoço.
Para ler, ler, ler.
Voltado para a parede, para não aturar chatos e ler a sós com o meu livro.
Depois, deixei de saber falar.
Cada encontro um contratempo, uma irritação, um aborrecimento.
Ler, ler, leer!
Mas pouco para dizer, e nada para escrever.

21
Set 06
publicado por RAA, às 23:15link do post | comentar | ver comentários (4)
Perdi o lápis no mar do Guincho.

22
Ago 06
publicado por RAA, às 15:25link do post | comentar
A gravidade daquele acento põe-me como doido.

19
Ago 06
publicado por RAA, às 03:38link do post | comentar
Nunca pensei acabar assim. Dirigindo-me na Mala Posta até Coimbra, neste ano do reinado de D. Maria, nossa Senhora, que Deus guarde, fomos assaltados, perto do Luso, por um grupo de bandoleiros, armados de fuzis de pederneira e gritando vivas a D. Miguel. Depois de nos haverem extorquido todos os bens, forçaram-nos a assistir ao estupro das mulheres que connosco seguiam viagem. Confundindo-me com um célebre publicista que em Lisboa escreve nas folhas em defesa da restauração da Carta, deixaram-me vivo, porém enterrado até ao pescoço, com a minha pena, papel e tinteiro ao lado, para -- disseram-me entre risos alvares -- escrever com a boca louvores «ao malhado do D. Pedro» (Sua Sereníssima Majestade Imperial) e missivas de socorro aos meus amigos do Ministério.
De «Três Estórias com Data» (1994)

13
Abr 06
publicado por RAA, às 17:44link do post | comentar | ver comentários (3)
As vírgulas, como as adoro!

13
Fev 06
publicado por RAA, às 19:29link do post | comentar
As bibliotecas públicas não aguentam os nossos livros.

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