letras, sons, imagens -- revolução & conservação -- ironia & sarcasmo -- humor mau e bom -- continua preguiçoso
15
Ago 11
publicado por RAA, às 00:11link do post | comentar
Como é óbvio, sou céptico em relação a uma sociedade em que possa estar afastada uma prática concorrencial que estimule as pessoas a melhorar a vida. Sempre que isso foi tentado, não correu bem. Mas é evidente que se o capitalismo não for domesticado, muita miséria e destruição causará, a começar por ele próprio, até renascer das cinzas, porque inerente à condição humana.

12
Jun 11
publicado por RAA, às 01:47link do post | comentar
«A Árvore da Vida», de Terrence Malick: o Homem como enigma; o Cinema como grande arte.

27
Abr 11
publicado por RAA, às 22:58link do post | comentar
A direcção da France Telecom declarou-se transtornada depois de mais um suicídio de um dos seus quadros, cinquenta e tal anos, quatro filhos. Parece que o haviam deslocalizado várias vezes de local de trabalho, obrigando-o a vender a casa. A transtornada direcção, várias vezes solicitada a. nunca respondeu ao funcionário. Mais sociedade, oh sim.

19
Mar 11
publicado por RAA, às 23:14link do post | comentar | ver comentários (4)
Só peca por tardia a acção da comunidade internacional contra o inenarrável Kadafi. Apesar de ser um tirano sanguinário, uma espécie de Nero da Tripolitânia que ameaça despudoradamente o povo, vejo a gente de sempre com a lengalenga do costume: «agressão» ao povo líbio, mais a pata que os pôs. 
Não têm vergonha nenhuma, estas luminárias. Para eles, umas "verdades duras como punhos" (para usar do neo-realismo militante que tanto apreciam): Revolta de Kronstadt, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, NKVD, Stálin, KGB, Berlim 1953Budapeste 1956, Muro de Berlim, Primavera de Praga, Gulag...  

 Primeiro, falem disto, deste sol que os alumiou durante décadas, e condenem.  Caso contrário, poupem-nos ao vómito do vosso cinismo.
a máscara exemplar de um tirano

05
Mar 11
publicado por RAA, às 17:01link do post | comentar | ver comentários (3)
Escreve Emílio Costa*: «A quem nunca foi caluniado nem difamado, falta um elemento de muito valor para conhecer o mundo.»
Dizem que só se calunia e difama quem tem algum valor. Porque pode fazer sombra, porque a insegurança de quem calunia acusa a real ou suposta importância daquele que se torna alvo, etc., etc.
Eu, que sei já ter sido caluniado pelas costas, raramente peço explicações àqueles que não têm coragem de afirmar de caras o que insidiam às esconsas. Por algumas razões: em primeiro lugar porque não tenho grandes medos, nem de hipotéticos telhados de vidro -- lido bem com as minhas fraquezas. Não ter medo(s) é óptimo para ultrapassar as rasteirazinhas que nos vão fazendo. Depois, julgo ter um sentido crítico que relativiza o que não é importante e, principalmente, quem não é importante. Gasta-se boa parte do tempo a tropeçar em gente que não interessa, isto é: gente desinteressante. Por último, tenho cara de poucos amigos, quando quero. Há quem pense duas vezes antes de me aborrecer. Claro que preferiria que esse expediente estivesse ausente das relações humanas, menos por mim do que por aqueles que se degradam em praticá-lo.

* Filosofia Caseira, Lisboa, Seara nova, 1947, p. 157.

06
Fev 11
publicado por RAA, às 23:12link do post | comentar | ver comentários (11)
Escreveu La Bruyère*: «Um espírito medíocre julga que sabe escrever divinamente; um espírito sagaz julga que só escreve razoàvelmente.» -- ou do espírito crítico (algo que, como o bom senso, foi pessimamente distribuído por deus nosso senhor pelas suas criaturas).

*Os Caracteres, tradução, selecção e prefácio de João de Barros, Lisboa, Livraria Sá da Costa, 1941, p. 73.

05
Fev 11
publicado por RAA, às 02:43link do post | comentar | ver comentários (4)
viver na renúncia e no medo é não-viver

31
Jan 11
publicado por RAA, às 23:42link do post | comentar | ver comentários (4)
Disse o narrador dum esplêndido Cyro dos Anjos*: «Os amigos são tão raros que precisamos conservá-los a todo o custo. E quando não possamos ser amigos cem por cento, sejamos cinqüenta ou vinte. Quando encontro, em alguém, cinco por cento de afinidade, contento-me com esses cinco por cento.» Cyro andava pelos trinta anos quando isto escreveu, trinta anos já maduros, pois não há nada mais intolerante do que um jovem adulto, cheio de força e espaço próprio a conquistar. Quando a maturidade chega, tudo se estreita e relativiza: passamos a valorizar as afinidades, como se à procura duma adolescência perdida, idade de descoberta e comunhão.
*O Amanuense Belmiro, Lisboa, Livros Cotovia, 2005, p. 101.

04
Jan 07
publicado por RAA, às 22:35link do post | comentar | ver comentários (6)
Talvez por ser homem, talvez por ser contra o aborto, talvez por não ser moralista, interessava-me mais estar agora a discutir a eutanásia.
***
É preciso ser-se um grande estupor para negar a alguém consciente a possibilidade de, numa situação-limite, pôr fim à sua própria vida da forma mais tranquila, auxiliado por quem se disponha a ter essa piedade última.

13
Nov 06
publicado por RAA, às 23:03link do post | comentar
escrever aqui porque votarei «não» no próximo referendo

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